quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crítica: Millennium - Os Homens Que Odeiam as Mulheres (2012)

Classificação:  8 / 10


Hoje em dia Hollywood opta por recorrer a fórmulas seguras, apostando em franchises, remakes, sequelas e prequelas, descurando, por vezes, os argumentos originais. Claro que se fizerem um remake do American Psycho será idiotice, mas no meio disto tudo, nem sempre tudo é mau.

Fiquei abismado com o remake americano (Let Me In) do sueco Let the Right One In. E, nesta última adaptação do cinema sueco fez-se ainda melhor.

Refiro-me, claro, ao filme de David Fincher remake do homónimo sueco "The Girl With the Dragon Tattoo".

Para quem leu a trilogia de Stieg Larsson, ou viu os filmes suecos certamente vai gostar desta incursão. E quem então vai de mente limpa (sem ter lido os livros, ou visto os filmes), ainda melhor.

O realizador de Seven, Fight Club, The Social Network, cria aqui toda uma nova dimensão com este policial sueco. É verdadeiramente a visão de Fincher sobre a obra de Stieg Larsson que sobressai, desde o início em fantástico cgi, ao suspense e cenas violentas que o filme tem, até ao momento do desfecho final. É um filme duro, negro, visceral, representativo da cultura sueca e com uma ambiência espectacular que surge com o mix do crivo de Fincher mais a magnífica banda sonora de Trent Reznor e Aticcus Ross (depois da Social Network, aqui nova colaboração).

As interpretações de Daniel Craig e de Rooney Mara estão excelentes, sendo que a Rooney Mara merece inteiramente a nomeação para o óscar de melhor actriz. Para além da complexidade da personagem, é sabido o chato que é o Fincher com a repetição de takes.

Em suma, se gostam de bom cinema, vão ver. E, por favor, não levem criancinhas para o cinema. É mesmo um filme para adultos. Tem cenas tramadas.

Por Carlos Filipe Jesus

3 comentários:

  1. Começou bem esta parceria :)
    Quanto ao filme em causa temos muitos pontos de vista em comum. A nomeação da actriz é totalmente merecida se tivermos em cconta a violência crua e explícita a que a personagem é sujeita, no entanto ao longo do ano de 2011 vimos outras interpretações brutais, sobretudo se tivermos em conta "carreiras" e não somente "um filme" - pena nq Tida obviamente... mas enfim a Academia é correcta assim e nada se pode fazer. a culpa não é da Mara e a nomeação é merecida.

    Gosto desta dupla neste blog. continuem

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    1. Obrigado Sofia sempre pela tua simpatia e ainda bem que achas uma mais valia esta parceria, fico contente com isso, a tua opinião é importante ;)

      Obrigado!

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  2. * penso na Tilda
    * mas a Academia age assim e nada...

    Malvado teclado do telemóvel

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